Anatomia do Medo é um filme japonês de 1955 escrito e dirigido por Akira Kurosawa (Os Sete Samurais / Yojimbo: O Guada-Costa / Sonhos / Ran – Os Senhores da Guerra / A Fortaleza Escondida / A Saga do Judô / Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre / Juventude Sem Arrependimento / Um Domingo Maravilhoso / O Anjo Embriagado / O Escândalo / Cão Danado / Rashomon / O Idiota / Viver…).
Um dos filme em que Akira Kurosawa iria abordar diretamente o medo do holocausto nuclear e as implicações da bomba atômica. O diretor mostra a sociedade japonesa saindo debaixo da ameaça da 2º Guerra Mundial , mas ainda aterrorizada por lembranças do passado e ansiedades para o futuro. Mesmo que ele tinha dez anos desde que os militares dos EUA jogaram as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, os cineastas japoneses tinham evitado o assunto em recursos de estúdio há anos. Os acontecimentos como o teste nuclear no atol de Bikini, que expostos pescadores japoneses à precipitação e a chuva radioativa que caiu em províncias do norte, obriga Kurosawa fazer este filme poderoso.
Este foi o último filme em que o compositor Fumio Hayasaka trabalhou antes de morrer de tuberculose em 1955. Ele tinha sido amigo íntimo de Kurosawa desde 1948 e tinha colaborado com ele em vários filmes.
O filme é estrelado por Toshiro Mifune e Takashi Shimura. Foi filmado em preto e branco e tem 103 minutos. O filme foi inserido no Festival de Cannes 1956.
Velho empresário está obcecado com a ideia de que haverá um extermínio nuclear. A família conclui que ele já não é capaz de gerir os negócios e o afasta. Ele continua com medo e tenta convencer a todos a sair do Japão em busca de segurança na América do sul, no Brasil. Nesta ocasião, ele mostra as vicissitudes de uma família numerosa com um pai obsessivo. E sua obsessão com uma guerra nuclear. O filme alterna momentos duríssimos com outros de plena ternura. Produção bem no estilo de Kurosawa, com fotografia e interpretação soberbas. |