A Saga do Judô (Sugata Sanshiro) foi o filme de estréia do diretor japonês Akira Kurosawa (Os Sete Samurais / Yojimbo: O Guada-Costa / Sonhos / Ran – Os Senhores da Guerra / A Fortaleza Escondida…). Foi inicialmente lançado no Japão em 25 de março de 1943 pelo estúdio cinematográfico Toho. É baseado no romance homônimo de Tsuneo Tomita.
“Este é o primeiro filme dirigido por Akira Kurosawa. Realizado em 1943, estreou em março deste ano. Em sua re-estréia, em março de 1944, foi vítima da censura da época. O realizador e os produtores experimentaram diversas mudanças e acabaram por cortar 600 metros de filme. Isto ocorreu durante a guerra e ninguém jamais encontrou as cenas cortadas. Apesar de não poder reconstruir o original, a produção não quis privar o público desta obra de tão grande valor.”
Essa é a mensagem que aparece logo no início do filme e com ela vem um leve descontentamento. Adoraria ver os 600 metros cortados. O que será que tinham demais? Seriam algumas cenas de nudez ou eróticas, talvez algo politicamente incorreto? Enfim, talvez nunca saberemos. Como essas fitas antigas sofriam, provavelmente perdemos muitas raridades ao longo da história do cinema. De toda forma, “Sugata Sanshiro” é uma obra exemplar, estreando Akira Kurosawa na direção. Recomendo principalmente para praticantes de artes marciais.
O filme retrata a história de Sanshiro, um jovem forte e teimoso que viaja para a cidade para aprender Jiu-jitsu. Entretanto, após a sua chegada, ele conhece uma nova forma de defesa pessoal: o Judô. Embora não seja a entrada mais famosa do registro de produções de Kurosawa, o filme é visto como um exemplo prematuro da compreensão imediata do processo de filmagem do diretor, e inclui muitas de suas marcas registradas, como o uso de wipes (transições de imagens de uma cena para outra).
O filme se tornou muito influente na época de seu lançamento, e foi refilmado em não menos de cinco ocasiões. Obteve sucesso suficiente para que fosse feito uma seqüencia, Zoku Sugata Sanshiro, que foi lançada em 1945. |