Hakujaden (Panda e a Serpente Mágica no Brasil) é geralmente considerado como o primeiro longa-metragem de animação (anime) em cores do Japão, lançado em 1958. Foi também o primeiro anime a ser lançado nos Estados Unidos, sob o título "Panda e a Serpente Mágica" (Panda and the Magic Serpent). No entanto, para algumas pessoas, como a "japanóloga" Cristiane A. Sato, presidente da ABRADEMI, o longa foi o primeiro filme de animação colorido do período pós-guerra, mas não o primeiro a ser produzido no Japão.
O anime é essencialmente uma adaptação de um conto popular da mitologia chinesa, "Bai She Zhuan". Shin Uehara adaptou a história e manteve tanto os personagens como seus nomes no estilo chinês. A decisão de se utilizar um conto do folclore chinês para o conceito básico da animação veio do presidente dos estúdios Toei, Hiroshi Okawa, que queria criar um tom reconciliatório entre japoneses e chineses.
O jovem Xu Xian possuía uma pequena cobra branca de estimação até que seus pais o forçaram a livrar-se dela. Anos se passam e durante uma violenta tempestade, a serpente, que na verdade tratava-se de um espírito com poderes mágicos, se transforma na bela princesa Bai Niang. Bai Niang parte ao encontro de Xu Xian, por quem havia se apaixonado, mas o encontro dos dois é breve, pois um monge local, Fa Hai, que é capaz de sentir a presença de seres sobrenaturais por meio de sua bola de cristal, acredita que Bai Niang é um espírito maligno e decide separar os dois jovens. O monge arma um plano para acusar Xu Xian de haver roubado uma joia do tesouro imperial, e consegue que o rapaz seja exilado para uma terra distante, longe de Bai Niang.
Enquanto isso, dois outros animais pertencentes a Xu Xian, Panda e Mimi, tentando encontrar seu dono, partem em uma aventura. No meio do caminho, Mimi acaba se envolvendo em uma confusão com um dos animais da Gangue do Porco Branco, e Panda se vê obrigado a lutar com o chefe da gangue, o próprio Porco Branco, para defender sua amiga. |