Fantastic Children é uma série em anime criado por Takashi Nakamura (Tears to Tiara) e produzido por Nippon Animation . Foi ao ar pela primeira vez no Japão, na TV Tokyo, entre 4 de outubro de 2004 e 28 de março de 2005, totalizando 26 episódios. Houve um final estendido especial lançado apenas em DVD.
A série tem uma mistura de doutrinas espíritas e religiões orientais, abordando temas como Corpos Etéreos e Reencarnação presentes no Confucionismo, Taoísmo, Budismo e Xintoismo.
Embora a influência da Religião seja grande, o anime procura na ciência razões que expliquem os fatos, incluindo a Teoria da Relatividade.
Um grupo de crianças estranhas com cabelos brancos estão procurando por uma menina que é a chave para sua felicidade, e a única pista é um retrato de uma lua crescente. Tohma é uma criança que vive com os seus pais em uma ilha distante, tentando fazer amigos e achar o significado para a sua vida. Helga é uma órfã que desesperadamente busca um lugar onde verdadeiramente possa pertencer. O encontro entre eles mudará suas vidas para sempre.
Existem tempos na carreira de um diretor quando você nota que um projeto particular se torna um trabalho de amor, a sua criança favorita. Spielberg teve a Lista de Schindler, Otomo teve Akira e Anno teve Evangelion.Depois de assistir ao último dos 26 episódios de Fantastic Children, o espectador saberá que este foi o projeto da vida de Nakamura Takashi. Ele esteve envolvido em vários lugares: da direção e criação da história ao character design. O resultado fica óbvio pelo nível de coerência deste anime, da maneira que não existe nenhuma divergência estranha, explicações forçadas e tampouco um final apressado. E esta série veio no tempo certo em sua carreira... depois de trabalhar como Key Animation nos movies "Nausicaä of the Valley of Wind" e "Macross: Do You Remember Love?", Chief animator em Akira e direção em Robot Carnival, Nakamura adquiriu a experiência necessária para fazer este trabalho excepcional.
É evidente que Fantastic Children foi planejado para ser rememorativo aos animes de outrora, e as escolhas para tal foram perfeitas. Primeiro foi a utilização do Nippon Animation, um estúdio já veterano, responsável por animes como Akage no Anne de 1979. Mas para não dizer que a animação pareça datada, a computação gráfica foi frequentemente usada, mas de forma simplista em natureza; é feita para dizer a história, mas não para distrair o público. Por seguinte, a trilha sonora em geral possui a cadência e ritmo tão típicos de animes dos anos 80. E, finalmente, a história propriamente dita, possui um estilo narrativo clássico com cliffhangers depois de cada episódio. Todos os personagens importantes conseguem tempo suficiente na tela para apelar para o público. |