Mind Game é um anime baseado no mangá de Robin Nishi. Foi escrito e dirigido por Masaaki Yuasa (que já dirigiu animes como Happy Machine em Genius Party, Kaiba, Kemonozume, Kick-Heart, Ping Pong e The Tatami Galaxy) e animado principal pelo Studio 4°C (gostem ou não do estilo das obras do estúdio, é inegável que o estilo visual e narrativo de seus animes são únicos, quase uma marca registrada).
É incomum entre outras características que o anime é antológico no uso de uma série de diferentes estilos visuais para contar uma história.
Mind Game, obra baseada no mangá underground de Robin Nishi que é a cara do Studio 4ºC em todos os aspectos. O sublime início deste anime, sem diálogos e com cortes rápidos, faz um breve resumo da vida de alguns personagens, e várias cenas aqui presentes aparecerão novamente ao longo da obra, cujo enredo gira em torno dos amigos Myon e Nishi. Myon é uma bela garota de espírito forte que mora com o pai (fissurado em namorar garotas bem jovens) e a irmã, após a família ter sido abandonada pela mãe. Nishi é um rapaz que trabalha com mangás e está de partida para Tóquio, em busca de maior projeção na profissão (seria este Nishi um alter-ego do autor do mangá, Robin Nishi?). Amigo de Myon desde a infância, Nishi sempre foi apaixonado pela garota mas, por falta de coragem, nunca declarou seu amor a ela. Por esta razão, ele vê seu amor escapar pelos dedos, e quando recebe a notícia que Myon está prestes a se casar, seu mundo desaba… de uma forma muito peculiar.
Nishi mal poderia imaginar como sua vida mudaria ainda mais naquela noite, quando uma inusitada mistura de gângsters, assuntos pessoais, brigas de família e um jogador de futebol careca e psicopata entra em cena. Sua cabeça funciona a mil, e várias idéias que pipocam aqui e ali, sem tréguas, nem sempre podem ser aplicadas na dura realidade, infelizmente. É nesta hora que Nishi percebe como é um “zé mané”, um cara que deixa a vida passar sem aproveitar as chances que tem, nunca fazendo aquilo que realmente deveria. A vida é uma só, não há outra chance, é preciso aproveitar, mas… e se Nishi tivesse uma chance de fazer tudo diferente? As coisas poderiam melhorar… ou, quem sabe, piorar mais ainda… |