Sejam bem vindos a uma loja onde só se é cliente uma vez. Afinal, quem entra ali são apenas pessoas que perderam a motivação de viver e que quer escolher uma maneira de dar um fim em sua própria vida. Ao comprar dois metros de corda você ganha um banquinho de brinde. Há também venenos poderosos, lâminas afiadas, revólveres... E se algo der errado e um cliente não obter sucesso no suicídio, não têm com o que se preocupar. Eles devolvem o dinheiro.
É com essa ideia que Patrice Leconte deu origem ao roteiro repleto de um humor negro afiadíssimo e inteligente de "A Pequena Loja de Suicídios". Além de um roteiro rápido e genial, o diretor também nos surpreende com canções melancólicas, fúnebres e em momentos até otimistas. Ver um personagem que está a segundos de tirar sua própria vida, "cantando" os motivos para ter tomado essa atitude é simplesmente brilhante. Ás vezes até incomoda.
A história segue a família que trabalha no local que dá origem ao nome da animação. Depois de uma ótima introdução na trama vêm a reviravolta: o nascimento do filho caçula, que desde o primeiro minuto de vida não tira o sorriso do rosto. Acontece que essa vontade de viver e amor que o pequeno Alain têm pela vida faz com que a família passe a se preocupar, já que a felicidade do garoto pode vir a interferir nas vendas da loja. |
