The Red Pill é um documentário dirigido por Cassie Jaye. O filme explora o movimento dos direitos dos homens, enquanto Jaye passa um ano filmando os líderes e seguidores dentro do movimento. The Red Pill estreou em 7 de Outubro de 2016, no Cinema Village em Nova Iorque, e teve outras exibições únicas internacionalmente. Foi lançado em DVD e Blu-ray em 7 de Março de 2017, por Gravitas Ventures. A polêmica sobre o documentário levou a alguns protestos e cancelamentos de exibições.
O título do filme se refere à cena do filme Matrix, na qual é oferecida ao protagonista a escolha de uma pílula vermelha, que representa a verdade e o autoconhecimento, ou a pílula azul que representa o retorno à abençoada ignorância.
The Red Pill conta a jornada de Jaye, inicialmente como uma feminista cética investigando o que ela acredita ser um movimento de ódio. Ela continua investigando e descobre que o movimento é diferente do que esperava e começa a questionar suas próprias visões sobre gênero, poder e privilégio. O filme discute problemas que afrontam homens e meninos, como as taxas de suicídio masculino, fatalidades no trabalho, trabalhos de alto risco, serviço militar obrigatório, falta de serviços para homens vítimas de violência doméstica, estupro, altas taxas de violência, problemas relacionados a divórcio, guarda dos filhos, disparidade de sentenças criminais, financiamento e pesquisa desproporcionais dos problemas de saúde masculinos, desigualdade educacional, tolerância social de misandria, circuncisão e a falta de direitos reprodutivos dos homens. Inclui entrevistas com ativistas de direitos dos homens e apoiadores do movimento, como Paul Elam, fundador de A Voice for Men; Harry Crouch, presidente de National Coalition for Men; Warren Farrell, autor de O Mito do Poder Masculino, e Erin Pizzey, que deu início ao primeiro abrigo de violência doméstica no mundo moderno. Também inclui entrevistas com feministas críticas ao movimento, como a editora executiva da revista Ms., Katherine Spillar, e o sociólogo Michael Kimmel. Contém também trechos do vídeo-diário de Jaye.
Segundo a diretora Cassie Jaye, ela inicialmente lutou para encontrar financiadores para um filme sobre o movimento dos direitos dos homens. Em uma entrevista em Outubro de 2015 ao Breitbart News, ela disse que "não estávamos encontrando produtores executivos que queriam adotar uma abordagem equilibrada, encontramos pessoas que queriam fazer um filme feminista". Jaye começou a fazer o filme usando seu próprio dinheiro e dinheiro de amigos e familiares. Ela também iniciou uma campanha na plataforma de doações coletiva Kickstarter, que chamou de último recurso. A página do Kickstarter, que descreveu o projeto como uma visão justa e equilibrada do movimento pelos direitos dos homens, foi fortemente criticada por algumas feministas. A campanha levantou US $ 211.260, excedendo sua meta de US $ 97.000.
A análise de Alan Scherstuhl para The Village Voice sugeriu que muitos dos financiadores do filme podem ter sido pelos próprios ativistas dos direitos dos homens (MRAs), criando assim um conflito de interesses. Jaye disse que a sugestão de que o filme foi financiado pela ARM é "uma mentira comum que continua se espalhando". Jaye afirmou que "nossos cinco maiores apoiadores... não são nem ARM nem feministas. Eu diria que três em cada cinco deles nem conheciam o movimento dos direitos dos homens, mas queriam defender a liberdade de expressão", e que os apoiadores e produtores do filme não teriam influência ou controle do filme.
The Red Pill ganhou três prêmios no Festival Internacional de Cinema de Idyllwild de 2017 : "Melhor do Festival", "Excelência em Direção de Documentário" e "Excelência em Produção de Documentário". Cassie Jaye também ganhou o "Women in Film Award" no Hollywood Digifest Festival por seu trabalho no filme. |