Shigurui é uma série em mangá de Takayuki Yamaguchi (Apocalypse Zero), com base no primeiro capítulo da novela Suruga-jou Gozen Jiai by Norio Nanjou. A série é conhecida por sua violência gráfica realista e nudez, bem como o seu final abrupto. Uma série em anime foi adaptada para TV, com base nos primeiros 32 capítulos do manga, foi ao ar na WOWOW de 19 julho à 12 outubro de 2007. A série foi dirigido por Hiroshi Hamasaki (Homem de Ferro: A Batalha Contra Ezekiel Stane / Texhnolyze / Blade & Soul / Terra Formars), escrito por Seishi Minakami (Bakuman. / Paranoia Agent), e produzido por Madhouse Studios.
”Desespero para Matar“... (tradução para ”Shigurui“)
"Bushidô é um desespero para matar. Às vezes é preciso partir em dez para matar um". (Verso do livro Hagakure, 1716)
Japão, 1629, Era Edo. Tokugawa Tadanaga, em um período em que o país passa por um momento de paz, resolve fazer um torneio entre espadachins. Normalmente, esse tipo de torneio usava como armas espadas de madeira, porém desta vez seria diferente: espadas verdadeiras seriam usadas. De um lado, Fujiki Gennosuke, com apenas um braço, e do outro Irako Seigen, cego. Os mesmos rivais de um passado sombrio se enfrentam em um torneio entre 22 samurais. Apenas um vencedor, e só a morte do outro o definiria como tal. Nesse impasse, voltamos sete anos antes deste acontecimento, e uma história incrível está para ser revelada.
Definitivamente, a Madhouse é um dos estúdios de animação mais conceituados atualmente, e mais claro ainda está o fato de que Shigurui não poderia ser feito por outro estúdio além desse. A animação é simplesmente soberba, digna de se comparar aos mais caros longas. O que se vê em Shigurui é um cuidado muito especial em tudo, e não apenas na movimentação do anime em si (o que já é muito gratificante). O traço é indiscutivelmente bem-feito, sem quedas na qualidade o anime inteiro. As cores e movimentações lembram Claymore, mas sem o ritmo frenético do mesmo. A sangueira também é uma característica forte do anime, com um ”exagero“ que será explicado ainda nesta resenha, além do tom mórbido e cinza, marcante. As lutas, ao contrário de muitos animes de samurais circulando por aí, são curtas mas, ao mesmo tempo, intensas e, de certa forma, até perturbadoras. Perturbadoras porque muitas vezes, antes de desferir um golpe, vemos de uma forma inexplicavelmente atraente as ligações musculares do personagem, destacando as partes usadas durante o golpe, tudo isso com uma sensação incrível de força. Destaque também para a câmera, que ”treme“ nesses momentos, acentuando ainda mais essa sensação, além de muitas outras cenas inovadoras. |